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DESTAQUES DE HOJE
• Armazenamento é pior problema de farmácias hospitalares
• Contas das OS
• Novos leitos
• Cartas dos Leitores – Falta de UTI
• Município de Jataí terá de exonerar profissionais da Saúde e realizar concurso
SAÚDE BUSINESS 365
Armazenamento é pior problema de farmácias hospitalares
Estudo da Ensp/Fiocruz mostrou que, entre unidades do Rio de Janeiro, apenas uma cumpria atividades de gerenciamento e programação
Com o intuito de avaliar os serviços de farmácia de seis hospitais estaduais do Rio de Janeiro, as pesquisadoras do Núcleo de Assistência Farmacêutica da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Cláudia Garcia Serpa Osório-de-Castro e Maria Auxiliadora Oliveira, em parceira com pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e da Faculdade de Farmácia da UFF, realizaram uma pesquisa. O resultado demonstra que o armazenamento é atualmente um dos piores problemas destes locais.
O serviço de farmácia hospitalar é responsável por diversas atividades com forte impacto na assistência à saúde. As variadas necessidades dos pacientes requerem que as mesmas desempenhem uma série de atividades de modo organizado. As funções do farmacêutico hospitalar, por sua vez, exigem comprometimento com os resultados dos seus serviços e não somente com o fornecimento de medicamentos.
Publicado na Revista Ciência e Saúde Coletiva, o artigo Avaliação dos serviços de farmácia dos hospitais estaduais do Rio de Janeiro, Brasil analisou 62 indicadores de estrutura e processo que possibilitaram verificar à adequação das atividades de farmácia hospitalar. Os serviços oferecidos foram estratificados por nível de complexidade do hospital e em cada estrato foi aplicado um algoritmo de pontuação escalonada de acordo com as atividades executadas. A partir disso, os hospitais foram hierarquizados em cada estrato, sendo escolhidos para o estudo de casos múltiplos, o pior e o melhor serviço de cada nível de complexidade.
De acordo com as autoras, foram aplicados 16 indicadores de resultados e os dados foram analisados por síntese de casos cruzados. A avaliação do desempenho mostrou que apenas uma unidade cumpria, a contento, as atividades de gerenciamento e programação. Quatro realizavam inadequadamente a aquisição de medicamentos. Os piores resultados de desempenho, nos seis hospitais estudados, estavam relacionados ao componente armazenamento; e os melhores à atividade de distribuição. Para as autoras, os dados são preocupantes, por serem as atividades consideradas centrais da farmácia hospitalar.
Situação
Segundo dados da pesquisa, entre os vinte hospitais estaduais visitados, oito eram especializados (40%), quatro gerais (20%) e oito de emergência (40%). Em quinze unidades (78,9%), a farmácia encontrava-se representada como órgão, divisão, departamento, serviço, setor ou seção responsável pelos medicamentos. Em três, a farmácia estava vinculada à área administrativa ou de suprimentos, enquanto nos demais encontrava-se hierarquicamente ligada à área clínica.
Os serviços de farmácia funcionavam, em média, 18 horas diariamente, podendo variar de 12h a um plantão ininterrupto de 24h. Os farmacêuticos estavam presentes durante todo o período de funcionamento em todas as unidades estudadas, com uma média de dez profissionais por hospital. A relação farmacêutico/leito foi de um profissional para cada 15 leitos.
O gerenciamento era desenvolvido em todos os serviços avaliados, porém a grande maioria (16 dos 20 visitados) cumpria menos de 50% dos indicadores propostos. Em duas era realizado planejamento de objetivos e metas. “Apenas uma farmácia cumpria 75% dos indicadores relacionados ao componente seleção. Uma unidade, embora não apresentasse relação própria de medicamentos essenciais, possuía protocolos terapêuticos para o uso de alguns medicamentos”, descreveram as autoras.
Das vinte farmácias avaliadas, foram selecionadas três que apresentaram os melhores serviços e três que apresentaram os piores. Segundo o artigo, todos os casos estudados desenvolviam gerenciamento, programação, aquisição e distribuição. O armazenamento era executado por empresa terceirizada e todas as seis unidades afirmaram utilizar a Lista de Medicamentos Essenciais (LME) do Estado para orientar a solicitação das compras.
Dificuldades
Para as autoras do artigo, as dificuldades apresentadas pelas farmácias hospitalares do Estado do Rio de Janeiro são compartilhadas por outras de todo o Brasil. No entanto, as limitações encontradas, especificamente em relação aos resultados de estrutura e processo, quase dez anos após o estudo nacional que forneceu linha-base para as atividades discutidas, mostram que o panorama parece não ter apresentado mudanças, pelo menos no âmbito do estado, requerendo posicionamento e enfrentamento das instâncias de gestão envolvidas.
“Frente ao estado da arte, este estudo é inovador, sendo o primeiro a integralizar um modelo completo de avaliação da farmácia hospitalar, baseado em exame de estrutura, processo e resultado, aplicando-o a um importante conjunto de hospitais no país. O trabalho permite que as falhas apontadas, bem como as fortalezas dos serviços estudados, sejam exploradas pelos gestores das unidades e de modo global, pelo gestor estadual. Espera-se que esta avaliação possa contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos usuários da rede de farmácias hospitalares do Estado do Rio de Janeiro, indicando caminhos para a tomada de decisão e para a gestão”, destacaram as autoras.
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O POPULAR
Contas das OS
A AGR conclui hoje a fiscalização na organização social que administra o hospital de Santa Helena (Hurso). Na próxima semana começa a analisar as contas das OSs do Crer e HGG.
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Novos leitos
O secretário Halim Girade (Saúde) entrega amanhã 10 leitos de UTI neonatal e 20 de enfermaria para atender pacientes do Hospital Materno-Infantil.
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Cartas dos Leitores – Falta de UTI
Criticou-se muito o espetáculo anunciado à exaustão, com os preparativos para a realização da Copa do Mundo no Brasil. Foram muitas críticas ao gasto exagerado com reforma e construção de estádios e novos hotéis para as delegações estrangeiras, com recursos vindos do bolso do contribuinte, dinheiro que poderia e deveria ser empregado em favor de mais saúde, educação, etc.
Falou-se em exagero por parte de quem criticava. Estavam certos os que batiam de frente com os gastos excessivos, com a imagem velada do País maquiado por aqueles que não precisam do serviço público de saúde, nem de creches para seus filhos, nem de moradia e segurança. Nossos políticos ainda governam sob o lema do pão e circo para seus governados. Mas para os que sofrem com a indiferença do poder público, só resta o triste espetáculo do circo, como o que viveu casal vindo do interior à procura de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal para seus gêmeos. Não havia UTI e os bebês morreram depois de dez horas de espera. Agonia de uma família, agonia de um povo, agonia do País.
Maria Elizabeth Mendonça Campos – Jardins Florença – Goiânia
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O HOJE
Município de Jataí terá de exonerar profissionais da Saúde e realizar concurso
O juiz Thiago Soares Castelliano Lucena de Castro determinou que o município de Jataí se abstenha de contratar qualquer trabalhador para a área de saúde, sem concurso público. O prazo para que o município faça as adequações é de dois anos, a partir do trânsito em julgado da sentença, sob pena de multa no valor de R$ 5 mil para cada profissional contratado. A multa recairá sobre o ente político e o prefeito. Além disso, o juiz declarou a nulidade de todas as contratações sem concurso dos profissionais da área da saúde, com a consequente extinção do vínculo. As dispensas deverão ocorrer também no prazo máximo de dois anos, ressalvados os agentes comunitários. O magistrado condenou ainda o município de Jataí ao pagamento de indenização por dano social no valor de R$ 100 mil, em favor da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessora de Comunicação