Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINSHOESG 19/03/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Vacina da gripe em 2024 recebe atualização para conferir proteção ampliada contra Influenza

Após denúncia sobre rede de hospitais federais do RJ, ministra da Saúde exonera diretor do Departamento de Gestão Hospitalar

Minas tem 14 hospitais entre os melhores do Brasil

Saúde vai integrar dados sobre acidentes, lesões e violência

JORNAL OPÇÃO

Vacina da gripe em 2024 recebe atualização para conferir proteção ampliada contra Influenza

É recomendado que todas as pessoas a partir dos seis meses de idade recebam a vacina, sem limite máximo de idade, exceto para aqueles com alergia ou sensibilidade a qualquer componente da vacina

Com o aumento expressivo dos casos de infecções respiratórias em todo o país, especialmente da gripe, conforme relatórios recentes do Ministério da Saúde, a importância da atualização da vacina anualmente torna-se evidente.

Em 2024, a vacina contra a gripe foi aprimorada para oferecer uma proteção mais abrangente contra os quatro principais tipos de vírus da influenza em circulação: dois do tipo A (H1N1 e H3N2) e dois do tipo B (linhagens Victoria e Yamagata).

É recomendado que todas as pessoas a partir dos seis meses de idade recebam a vacina, sem limite máximo de idade, exceto para aqueles com alergia ou sensibilidade a qualquer componente da vacina.

Para crianças entre seis meses e 8 anos, são necessárias duas doses, com intervalo de um mês entre elas. A partir dos 9 anos de idade, é administrada uma dose única anualmente.

É importante ressaltar que a vacinação dos idosos merece atenção especial, visto que fazem parte de um grupo considerado de risco. A vacina Efluelda® é especialmente formulada para este grupo, oferecendo quatro vezes mais antígenos do que a vacina convencional.

Além de proporcionar uma proteção ampliada, essa vacina reduz significativamente as complicações decorrentes da gripe, que são comuns em pessoas com mais de 60 anos.

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PORTAL G1

Após denúncia sobre rede de hospitais federais do RJ, ministra da Saúde exonera diretor do Departamento de Gestão Hospitalar

Reportagem do Fantástico mostrou equipamentos quebrados, rede elétrica sob risco e mau atendimento na rede hospitalar. Exoneração do diretor Alexandre Telles será publicada no ‘Diário Oficial da União’.

A ministra da Saúde, Nísia Trinidade, demitiu nesta segunda-feira (18) o diretor do Departamento de Gestão Hospital da pasta, Alexandre Telles.

A exoneração será publicada no “Diário Oficial da União”.

A decisão ocorre um dia após o Fantástico mostrar a precariedade e os problemas de atendimento da rede hospitalar federal do Rio de Janeiro.

A partir de 8 de abril, Telles teria ainda mais poder no Ministério da Saúde. O departamento que ele comandava iria concentrar as compras e contratações das 6 unidades hospitalares da rede federal no Rio. Isso era uma tentativa da pasta de acabar com o abandono e o desperdício que assolam os hospitais.

Mas Telles nem vai chegar a exercer esse maior poder. A exoneração foi acertada em uma reunião com Nísia, em Brasília, após as denúncias.

A chefia do departamento era um cargo de confiança para o qual a própria Nísia havia indicado Telles. Ele foi aluno da ministra na Fundação Fiocruz, além de ter sido presidente do Sindicato dos Médicos do Rio.

Com a exoneração, médicos e pacientes dos hospitais federais estão em dúvida sobre se vai continuar em vigor a ideia de o Departamento de Gestão concentrar as compras e licitações. O temor é que, sem isso, os hospitais fiquem sujeitos ao histórico de apadrinhamento político e ineficiência (veja mais abaixo).

Nísia participou de uma reunião mais cedo nesta segunda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demais ministros do governo. A intenção de Lula era cobrar de sua equipe mais empenho nas ações de governo e mais dedicação ao expor para o país as conquistas da gestão.

Nísia foi uma das ministras que falaram na reunião. Antes do discurso dela, Lula mencionou a reportagem do Fantástico e os problemas na rede federal hospitalar.

Em nota divulgada após a demissão de Telles, o ministério informou que “a mudança ocorre diante da necessidade de transformação na gestão do DGH. Na última sexta-feira, foi criado um comitê gestor a fim de orientar e praticar atos de gestão relativos aos hospitais federais”.

“O Ministério da Saúde reforça seu compromisso em estabelecer as ações necessárias e empenhar todos os esforços para a reconstrução e fortalecimento dos hospitais federais, para que toda a população do Rio de Janeiro tenha acesso à saúde pública de qualidade”, completou a nota.

Problemas nos hospitais

O Fantástico entrou nas seis unidades dos hospitais federais do Rio de Janeiro, referências no atendimento de alta complexidade, como tratamento de câncer, cardiologia e transplantes.

Em muitos setores dos hospitais, há aparelhos médicos quebrados e caixas de materiais vencidos ou danificados — como utensílios cirúrgicos e próteses ortopédicas, cujo valor passa dos R$ 20 milhões.

A responsabilidade sobre quem deixou as próteses e materiais cirúrgicos perderem a validade ainda está sendo investigada.

Outro problema é a rede elétrica, que em muitos pontos está comprometida, colocando em risco a segurança de pacientes e funcionários.

No Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, um laudo da empresa responsável pela manutenção da rede já apontava, em maio do ano passado, a situação crítica, com cabos subdimensionados e superaquecidos, aumentando o risco de incêndios.

A empresa recomendou não abrir mais setores no hospital para garantir que a estrutura não cedesse. Com isso, a ala da emergência está fechada há mais de três anos, sem previsão para ser reaberta.

As condições precárias podem ainda fazer chegar menos tensão do que alguns equipamentos precisam, o que significa que aparelhos de UTI, por exemplo, podem estar funcionando abaixo da capacidade ideal, ou sequer estar funcionando.

Apadrinhamentos políticos

Por trás desse cenário de ruínas, o Fantástico também verificou uma longa lista de denúncias sobre loteamento dos cargos públicos nesses hospitais. Há décadas, cargos cobiçados na direção das unidades são disputados por grupos políticos, que indicam nomes para funções sem o devido critério técnico.

Em muitos casos, esses apadrinhados estão sendo investigados por denúncias sobre ineficiência, negligência e corrupção.

Um dos casos suspeitos envolve Helvécio Magalhães, secretário responsável pela atenção especializada hospitalar no Ministério da Saúde.

No começo de março, a dona de uma empresa chamada Potenza, do ramo da construção civil, usou o nome dele para entrar em um dos hospitais federais, o de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio

Imagens de câmeras de segurança mostram Grasielle Esposito circulando pela unidade no dia 8 de março. Uma ata registrou uma declaração de Grasielle dizendo que teria sido enviada ao hospital por Helvécio como consultora, para avaliar as condições da estrutura de energia e tratar da reabertura da emergência da unidade.

A ala está fechada há mais de 3 anos, justamente pela incapacidade da rede elétrica do hospital de supri-la com segurança.

Na quarta-feira (13), Grasielle voltou ao hospital e participou de uma reunião ao qual o Fantástico teve acesso. Nela, citou novamente Helvécio, dizendo que ele havia pedido para que fosse feito um estudo sobre o status de conservação dos hospitais federais, com ciência da ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Em entrevista, Grasielle negou que ocupe cargo público atualmente. Perguntada sobre a reunião, ela reforçou que não foi como empresa, mas como pessoa física.

Grasielle Esposito já conhecia Helvécio Magalhães há anos. Em 2016, quando ele era secretário estadual de planejamento e gestão de Minas Gerais, nomeou Grasielle para supervisionar a sede administrativa do governo mineiro.

Em nota, Helvécio confirmou que a enviou ao Hospital Federal de Bonsucesso e alegou que ela passava por processo de contratação como consultora da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. E que a visita ocorreu devido à urgência das condições do hospital. O secretário não respondeu à pergunta sobre a visita ter acontecido sem Grasielle ter qualquer vínculo com o Ministério da Saúde.

Funcionários do hospital denunciaram o caso ao Ministério Público Federal. A ministra da Saúde disse que vai mandar que o fato seja apurado.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Minas tem 14 hospitais entre os melhores do Brasil


Minas Gerais tem 14 hospitais listados entre os melhores do setor no Brasil, segundo o “The World’s Best Hospitals 2024”, pesquisa realizada anualmente pela Statista, em parceria com revista americana “Newsweek”. Ao todo, 115 empresas foram ranqueadas.

Das 14 empresas que foram destaque em Minas, metade está em Belo Horizonte e as demais, espalhadas pelo interior do Estado, com destaque para a Zona da Mata, com dois hospitais – Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora e Hospital Monte Sinai, também em Juiz de Fora – e para o Sul de Minas, com a Santa Casa de Misericórdia de Passos e o Hospital Santa Lúcia, de Poços de Caldas. Destaque também para as Santas Casas, que são três, todas no interior: Passos, Juiz de Fora e Montes Claros, no Norte de Minas.

O primeiro hospital de Minas Gerais listado é a Santa Casa de Misericórdia de Passos, na 14ª colocação no ranking brasileiro. Conforme o superintendente do hospital do Sul de Minas, Daniel Porto Soares, pelo quinto ano consecutivo, a instituição figura entre os 15 melhores hospitais do Brasil.

“Para nós é um sentimento de alegria, mas também implica mais responsabilidade. Esse reconhecimento é fruto de um trabalho de muitos anos. Fomos a primeira Santa Casa acreditada pela ONA (Organização Nacional de Acreditação) no Brasil. Temos uma certificação canadense, ratificando nossa condição de prestar um bom serviço com base na humanização. Para que isso seja possível, contamos com uma equipe muito qualificada. Temos uma unidade de ensino e pesquisa com uma escola técnica de enfermagem gratuita há mais de 10 anos. Nosso processo seletivo visa achar pessoas vocacionadas. Trabalhamos os valores da instituição e cerca de 80% dos formandos são contratados. Ano passado, a faculdade de enfermagem foi aprovada e devemos ter a primeira turma da graduação em Enfermagem aberta no início em 2025”, afirma Soares.

As Santas Casas de Passos e de Montes Claros são algumas das sete instituições presentes no ranking acreditadas pela ONA – instituição privada de interesse coletivo e sem fins lucrativos – responsável pelo desenvolvimento e pela gestão dos padrões brasileiros de qualidade e segurança em saúde no Brasil. Atualmente, é a terceira maior certificadora do mundo em termos de volume de acreditação.

Segundo o presidente da ONA, Fábio Leite Gastal, a presença no ranking demonstra que o País está no caminho certo para a verdadeira transformação do setor saúde e melhora do processo assistencial.

“A ONA, sem dúvida, através do processo de acreditação, contribui muito para este desenvolvimento contínuo. É uma consequência da descoberta da qualidade como uma ferramenta para a eficiência da assistência. Em Minas Gerais, o processo de acreditação foi muito estimulado pela Unimed-BH e contou com a simpatia e empenho do governo do Estado e da Capital. Isso fez com que a régua subisse para todo o sistema. Historicamente, Minas Gerais tem grandes hospitais e esse movimento fez com que as boas práticas fossem também para o SUS, através dos profissionais que trabalham tanto no sistema público como no privado”, explica Gastal.

Ainda fazem parte da lista no interior: Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga (Vale do Aço) e Hospital Vila da Serra, em Nova Lima, (na Região Metropolitana de Belo Horizonte).

E na Capital: Mater Dei – unidade Santo Agostinho; Hospital Madre Teresa; Biocor Instituto; Hospital Felicio Rocho; Hospital Unimed Contorno; Mater Dei – unidade Contorno e Hospital das Clínicas da UFMG.

Inflação de insumos é obstáculo para qualidade dos hospitais em Minas Gerais

O financiamento segue sendo um dos maiores obstáculos das Santas Casas na trilha do desenvolvimento da qualidade. A disparada dos preços dos insumos na época da pandemia de Covid-19 – entre 2020 e 2022 – e a diminuição das doações na mesma época seguem impactando o dia a dia das instituições.

“A pandemia foi um processo de grande aprendizado para o sistema de saúde. Ela revisitou as ‘feridas’ do sistema. A Santa Casa de Passos é uma regional – atendendo 27 municípios – e temos um apoio muito forte da comunidade. De tudo que aconteceu, conseguimos fazer as nossas entregas, mas ficou uma sequela financeira. Tivemos que buscar financiamento para recompor o fluxo de caixa e ainda hoje buscamos o equilíbrio”, relata o superintendente da Santa Casa de Passos.

Realidade compartilhada pelo superintendente da Santa Casa de Montes Claros, Maurício Sérgio Sousa e Silva. O hospital do Norte de Minas conta com 450 médicos que atuam em mais de 40 especialidades.

“Enfrentar as restrições orçamentárias é uma realidade para as Santas Casas e hospitais filantrópicos em geral. No entanto, a Santa Casa Montes Claros tem sido capaz de superar esse desafio através de uma gestão financeira eficiente, buscando parcerias e convênios com o governo e o setor privado da região. Dessa maneira, o hospital trabalha um dos seus principais pilares que é a sustentabilidade. Essa é a terceira vez em que figuramos nessa lista. Para nós, isso é de extrema importância, pois é um reconhecimento internacional do alto padrão de excelência em cuidados de saúde que a instituição oferece. Isso não apenas aumenta a credibilidade e a confiança dos pacientes, mas também fortalece a posição da Santa Casa no cenário da saúde nacionalmente”, pontua Silva.

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MEDICINA S/A

Saúde vai integrar dados sobre acidentes, lesões e violência


No Brasil, lesões e a violência têm sido classificadas como a terceira ou quarta principal causa de morte no país, superadas apenas pelas doenças cardiovasculares e pelo câncer até 2015, pelas doenças respiratórias entre 2016 e 2019, e pela covid-19 durante a pandemia. Em 2021, ocorreram 149.322 mortes atribuídas a lesões no Brasil, o que equivale a cerca de 70 mortes por 100 mil brasileiros. Dentre essas causas, prevaleceram os homicídios (30,5%), seguidos pelos acidentes de trânsito (23,5%), outras causas acidentais (23,2%) e suicídios (10,4%). Dados fornecidos pelo Proadi-SUS, por meio de sua assessoria de imprensa, destacam a importância das lesões entre jovens e homens na mortalidade prematura e incapacidades, o que as torna uma questão prioritária no país.
O Projeto Trauma – Tecnologia de Rápido Acesso de Dados Unificados para Mitigação da Acidentalidade -, idealizado pelo epidemiologista da equipe de Trauma do Hospital Israelita Albert Einstein, Bruno Zocca, entra agora na fase de aperfeiçoamento, até 2026, quando a principal ferramenta – um banco de dados integrado – será instalada no Ministério da Saúde (MS). A ferramenta permitirá acesso a dados integrados sobre acidentes e lesões ocorridos em todo o país.
O projeto foi desenvolvido dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), no qual são usados valores de imunidade fiscal para desenvolver avanços para o SUS. O epidemiologista Bruno Zocca explicou que o objetivo é fazer vigilância em saúde.

No primeiro triênio, experimental, compreendido entre 2021 e 2023, foram acessados dados de alguns locais que viraram parceiros do projeto, para testar tecnologia, sistema e ver se o objetivo pode ser alcançado. “O nosso objetivo é ter a capacidade de contar a história de um acidente ou violência com um mínimo de esforço e recurso possível, só usando os sistemas de informação já ativos e em uso pelo Ministério da Saúde.
A ideia é trazer os dados de vários sistemas de informação diferentes para um banco de dados integrado. Nesse banco integrado, serão normalizados e organizados alguns conceitos como homem e mulher, feminino e masculino, padronizando-os. Outra coisa é identificar a mesma pessoa em sistemas diferentes.
Ferramenta
O epidemiologista afirmou que se trata de uma iniciativa “diferente de tudo que o Ministério da Saúde já fez”. O projeto terminou o primeiro triênio com uma ferramenta funcional que vai se desenvolver em dois grandes eixos.
O primeiro é continuar aperfeiçoando a ferramenta. “Trazer mais locais e mais dados para continuar testando se a ferramenta responde às nossas necessidades. O segundo eixo é passar essa ferramenta efetivamente para dentro do ministério”, disse Bruno Zocca.
De acordo com o Proadi-SUS, atualmente, as informações são disponibilizadas para o SUS por meio de vários sistemas de informação distintos e que não estão conectados. O projeto vai mudar essa realidade e, a longo prazo, vai apoiar na redução da morbidade e da mortalidade associadas às lesões.
Quando estiver instalado no Ministério da Saúde, os dados serão acessados de forma centralizada pelo Departamento de Informática do SUS (Datasus) e ficarão disponíveis para todo o Brasil. De acordo com o idealizador o bando integrado poderá ser acessado por gestores nos níveis municipal, estadual e federal.
“O gestor municipal poderá ver que existe uma esquina com muito acidente de trânsito e colocar um semáforo; o gestor estadual poderá ver que tem um quarteirão ou bairro com muitos casos de violência graves ou não graves, e colocar uma viatura de polícia ali. E o governo federal poderá usar a ferramenta tanto para avaliar suas políticas vigentes como para desenhar novas políticas públicas. Por isso, nossa expectativa é que o projeto Trauma, apesar do nosso parceiro ser o governo federal, o Ministério da Saúde, seja uma ferramenta útil para todos os níveis de gestão, para pesquisa, para organizações não governamentais (ONGs), para quem tiver interesse em acessar os dados integrados.”
Internalização
O médico destacou que o projeto vai apoiar o ministério em sua internalização, com os devidos acordos institucionais e buscas por financiamento. Há uma série de fatores positivos secundários que vão ocorrer por meio do projeto. “O ministério faz auditorias, internações, investigação de óbito para ver se a causa registrada está adequada. O Trauma pode apoiar muitas iniciativas secundárias”.
O objetivo principal é a vigilância em saúde. “É um banco de dados muito grande e poderoso. Temos conversado com muitos parceiros dentro e fora do ministério sobre outros potenciais usos”. Secretarias de Segurança Pública poderão usar os dados, bem como equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e dos bombeiros para melhorar a a dinâmica do atendimento pré-hospitalar e de ambulância, entre outros segmentos.
A ferramenta estará pronta para ser instalada no Ministério da Saúde em 2026.
“Nosso objetivo é que, ao final do triênio, já esteja pronta a versão final, instalada dentro do ministério, para uso aberto de todos os entes interessados no banco de dados. Quem precisar desses dados vai ter entrada na ferramenta. Inclusive estamos desenhando diferentes entradas para diferentes usuários. Uma das nuances, e que é também um dos desafios, é tomar cuidado com a segurança das informações. Por isso, na hora da liberação para acesso público, deverão ser tomados muitos cuidados com a segurança das informações para manusear os dados e conduzi-los de um lado para outro. Essa continuará sendo uma das preocupações”, disse Zocca.
Segundo o especialista, a intenção é que todo o país tenha o acesso à ferramenta nos próximos anos para produção de análises de situação em saúde, de modo a permitir, a longo prazo, o monitoramento de 12 milhões de internações, 4 bilhões de atendimentos ambulatoriais e mais de 1,5 milhão de óbitos para cada ano.
Investimento
Bruno Zocca informou que a fonte de financiamento para desenvolvimento do Projeto Trauma é o próprio Proadi-SUS, que reúne seis hospitais sem fins lucrativos, considerados referência em qualidade médico-assistencial e gestão. São eles o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. Os recursos do Proadi-SUS advêm da imunidade fiscal dos hospitais participantes.
No primeiro triênio de desenvolvimento do projeto, os investimentos alcançaram R$ 6,5 milhões. Para a segunda etapa, de 2024 a 2026, a previsão de gastos é de R$ 7,9 milhões. (Com informações da Agência Brasil)

No Brasil, lesões e a violência têm sido classificadas como a terceira ou quarta principal causa de morte no país, superadas apenas pelas doenças cardiovasculares e pelo câncer até 2015, pelas doenças respiratórias entre 2016 e 2019, e pela covid-19 durante a pandemia. Em 2021, ocorreram 149.322 mortes atribuídas a lesões no Brasil, o que equivale a cerca de 70 mortes por 100 mil brasileiros. Dentre essas causas, prevaleceram os homicídios (30,5%), seguidos pelos acidentes de trânsito (23,5%), outras causas acidentais (23,2%) e suicídios (10,4%). Dados fornecidos pelo Proadi-SUS, por meio de sua assessoria de imprensa, destacam a importância das lesões entre jovens e homens na mortalidade prematura e incapacidades, o que as torna uma questão prioritária no país.

O Projeto Trauma – Tecnologia de Rápido Acesso de Dados Unificados para Mitigação da Acidentalidade -, idealizado pelo epidemiologista da equipe de Trauma do Hospital Israelita Albert Einstein, Bruno Zocca, entra agora na fase de aperfeiçoamento, até 2026, quando a principal ferramenta – um banco de dados integrado – será instalada no Ministério da Saúde (MS). A ferramenta permitirá acesso a dados integrados sobre acidentes e lesões ocorridos em todo o país.

O projeto foi desenvolvido dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), no qual são usados valores de imunidade fiscal para desenvolver avanços para o SUS. O epidemiologista Bruno Zocca explicou que o objetivo é fazer vigilância em saúde.

No primeiro triênio, experimental, compreendido entre 2021 e 2023, foram acessados dados de alguns locais que viraram parceiros do projeto, para testar tecnologia, sistema e ver se o objetivo pode ser alcançado. “O nosso objetivo é ter a capacidade de contar a história de um acidente ou violência com um mínimo de esforço e recurso possível, só usando os sistemas de informação já ativos e em uso pelo Ministério da Saúde.

A ideia é trazer os dados de vários sistemas de informação diferentes para um banco de dados integrado. Nesse banco integrado, serão normalizados e organizados alguns conceitos como homem e mulher, feminino e masculino, padronizando-os. Outra coisa é identificar a mesma pessoa em sistemas diferentes.

Ferramenta

O epidemiologista afirmou que se trata de uma iniciativa “diferente de tudo que o Ministério da Saúde já fez”. O projeto terminou o primeiro triênio com uma ferramenta funcional que vai se desenvolver em dois grandes eixos.

O primeiro é continuar aperfeiçoando a ferramenta. “Trazer mais locais e mais dados para continuar testando se a ferramenta responde às nossas necessidades. O segundo eixo é passar essa ferramenta efetivamente para dentro do ministério”, disse Bruno Zocca.

De acordo com o Proadi-SUS, atualmente, as informações são disponibilizadas para o SUS por meio de vários sistemas de informação distintos e que não estão conectados. O projeto vai mudar essa realidade e, a longo prazo, vai apoiar na redução da morbidade e da mortalidade associadas às lesões.

Quando estiver instalado no Ministério da Saúde, os dados serão acessados de forma centralizada pelo Departamento de Informática do SUS (Datasus) e ficarão disponíveis para todo o Brasil. De acordo com o idealizador o bando integrado poderá ser acessado por gestores nos níveis municipal, estadual e federal.

“O gestor municipal poderá ver que existe uma esquina com muito acidente de trânsito e colocar um semáforo; o gestor estadual poderá ver que tem um quarteirão ou bairro com muitos casos de violência graves ou não graves, e colocar uma viatura de polícia ali. E o governo federal poderá usar a ferramenta tanto para avaliar suas políticas vigentes como para desenhar novas políticas públicas. Por isso, nossa expectativa é que o projeto Trauma, apesar do nosso parceiro ser o governo federal, o Ministério da Saúde, seja uma ferramenta útil para todos os níveis de gestão, para pesquisa, para organizações não governamentais (ONGs), para quem tiver interesse em acessar os dados integrados.”

Internalização

O médico destacou que o projeto vai apoiar o ministério em sua internalização, com os devidos acordos institucionais e buscas por financiamento. Há uma série de fatores positivos secundários que vão ocorrer por meio do projeto. “O ministério faz auditorias, internações, investigação de óbito para ver se a causa registrada está adequada. O Trauma pode apoiar muitas iniciativas secundárias”.

O objetivo principal é a vigilância em saúde. “É um banco de dados muito grande e poderoso. Temos conversado com muitos parceiros dentro e fora do ministério sobre outros potenciais usos”. Secretarias de Segurança Pública poderão usar os dados, bem como equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e dos bombeiros para melhorar a a dinâmica do atendimento pré-hospitalar e de ambulância, entre outros segmentos.

A ferramenta estará pronta para ser instalada no Ministério da Saúde em 2026.

“Nosso objetivo é que, ao final do triênio, já esteja pronta a versão final, instalada dentro do ministério, para uso aberto de todos os entes interessados no banco de dados. Quem precisar desses dados vai ter entrada na ferramenta. Inclusive estamos desenhando diferentes entradas para diferentes usuários. Uma das nuances, e que é também um dos desafios, é tomar cuidado com a segurança das informações. Por isso, na hora da liberação para acesso público, deverão ser tomados muitos cuidados com a segurança das informações para manusear os dados e conduzi-los de um lado para outro. Essa continuará sendo uma das preocupações”, disse Zocca.

Segundo o especialista, a intenção é que todo o país tenha o acesso à ferramenta nos próximos anos para produção de análises de situação em saúde, de modo a permitir, a longo prazo, o monitoramento de 12 milhões de internações, 4 bilhões de atendimentos ambulatoriais e mais de 1,5 milhão de óbitos para cada ano.

Investimento

Bruno Zocca informou que a fonte de financiamento para desenvolvimento do Projeto Trauma é o próprio Proadi-SUS, que reúne seis hospitais sem fins lucrativos, considerados referência em qualidade médico-assistencial e gestão. São eles o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. Os recursos do Proadi-SUS advêm da imunidade fiscal dos hospitais participantes.

No primeiro triênio de desenvolvimento do projeto, os investimentos alcançaram R$ 6,5 milhões. Para a segunda etapa, de 2024 a 2026, a previsão de gastos é de R$ 7,9 milhões. (Com informações da Agência Brasil)

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Assessoria de Comunicação