ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Associação de hospitais privados emite alerta de falta de sedativo para intubação
Empresários doam cilindros de oxigênio após prefeito pedir ajuda em rede social
Goiás atinge 100% de ocupação de leitos de UTI nesta terça-feira (23)
Veja como está a vacinação contra a Covid-19 nesta terça-feira (23)
Bolsonaro oficializa Queiroga como novo ministro da Saúde
Covid-19: Brasil tem 3.241 mortes e 82.493 infectados em 24 horas
Anvisa publica na internet dados sobre disponibilidade de oxigênio
Covid-19: Goiás registra 4,9 mil casos e 168 mortes em 24 horas
Cade aprova venda do Hospital Órion para Albert Einstein
Em pronunciamento, Bolsonaro promete 500 milhões de doses até o final do ano
Goiânia começa a vacinar contra covid-19 pessoas a partir de 68 anos
81 entidades médicas e científicas defendem banimento do uso de medicamentos do ‘kit covid’
Infectologistas alertam para gravidade da Covid-19 em pacientes com tuberculose
Ministério da Saúde reduz previsão de doses contra Covid-19 para abril
Insumos para pacientes intubados podem faltar
TV ANHANGUERA
Associação de hospitais privados emite alerta de falta de sedativo para intubação
https://globoplay.globo.com/v/9375838/?s=0s
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Empresários doam cilindros de oxigênio após prefeito pedir ajuda em rede social
https://globoplay.globo.com/v/9375842/
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Goiás atinge 100% de ocupação de leitos de UTI nesta terça-feira (23)
https://globoplay.globo.com/v/9375836/?s=0s
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PORTAL R7
Bolsonaro oficializa Queiroga como novo ministro da Saúde
Nomeação ainda não foi publicada no Diário Oficial da União
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) oficializou, nesta terça-feira (23), Marcelo Queiroga como ministro da Saúde. O médico cardiologista assume a função antes comandada pelo general Eduardo Pazuello.
A informação foi confirmada por uma fonte no Palácio do Planalto. A nomeação de Queiroga no Diário Oficial da União (DOU), contudo, ainda não foi publicada. A posse, por sua vez, só tem efeito após a nomeação.
De acordo com essa mesma fonte, a posse de Queiroga foi discreta e ocorreu no gabinete do Bolsonaro. A cerimônia não consta na agenda oficial do presidente.
Além de Pazuello, já ocuparam o posto os médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Dias atrás, houve aproximação do governo com a médica Ludhmila Hajjar, que recusou assumir a pasta.
Quem é Queiroga?
O paraibano Queiroga é muito respeitado no setor e tem bom trânsito em Brasília e no governo, tendo sido convidado este ano para integrar a direção da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). E já havia sido cotado para a pasta após a saída de Mandetta.
No combate ao coronavírus, defende o distanciamento social e não acredita em tratamento precoce, dois pontos em que diverge dos bolsonaristas e do próprio presidente. Mas Queiroga é considerado uma pessoa com jogo de cintura para construir uma política de saúde que possa funcionar contra a pandemia, sem contrariar suas convicções.
Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba, é especialista em cardiologia e tem doutorado em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/Portugal. Atualmente, dirige o departamento de hemodinâmica e cardiologia intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley (Unimed João Pessoa) e é médico cardiologista intervencionista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, também na Paraíba.
Atuou como dirigente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, na qual já exerceu a presidência no biênio 2012/2013, sendo membro permanente do seu Conselho Consultivo. Integra ainda o Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba como Conselheiro Titular
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AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil tem 3.241 mortes e 82.493 infectados em 24 horas
O Brasil bateu novo recorde e superou três mil mortes por covid-19 registradas em 24 horas. Entre ontem e hoje, foram registradas 3.241 vidas perdidas para a pandemia. Com isso, a quantidade de pessoas que não resistiram à covid-19 chegou a 298.676.
Ainda há 3.396 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.
O total de registros de pessoas diagnosticadas com covid-19 em 24 horas foi de 82.493. Com estas adições às estatísticas, a soma de infectados pela pandemia desde o seu início alcançou 12.130.019.
O recorde de mortes registradas em 24 horas e os dados de casos foram divulgados pelo Ministério da Saúde em balanço diário, publicado na noite desta terça-feira (23). A atualização é elaborada a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19.
O número de pessoas recuperadas chegou a 10.601.658. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.229.685.
Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras pela menor quantidade de trabalhadores para fazer os novos registros de casos e mortes. Já às terças-feiras eles tendem a ser maiores, já que neste dia o balanço recebe o acúmulo das informações não processadas no fim-de-semana.
Estados
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (68.623), Rio de Janeiro (35.331), Minas Gerais (22.123), Rio Grande do Sul (17.499) e Paraná (14.281). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.201), Amapá (1.243), Roraima (1.290), Tocantins (1.838) e Sergipe (3.322).
Vacinação
Até o início da noite de hoje, haviam sido distribuídas 29,9 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicadas 15 milhões de doses, sendo 11,4 milhões da 1ª dose e 3,6 milhões da 2ª dose.
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Anvisa publica na internet dados sobre disponibilidade de oxigênio
Dados sobre estoque devem ser avaliados pela capacidade de cada estado
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibilizou na internet informações sobre os níveis de produção, abastecimento e distribuição de oxigênio no Brasil. Os dados podem ser acessados em um painel específico.
Segundo a agência, ainda faltam informações de empresas, o que inclusive dificulta visualizar uma totalização nacional. Os primeiros dados, relativos ao período de 13 a 17 de março, trazem um universo de 100 empresas atuando na produção de oxigênio. Do total fornecido, 71,7% eram de companhias privadas, 25,9% de instituições públicas e 2,46% de distribuidoras.
São Paulo é o estado com o maior volume de fabricação de oxigênio no período analisado, com 7,3 milhões de metros cúbicos (m3), seguido por Minas Gerais (2,5 milhões de m3) e Rio de Janeiro (2 milhões de m3). Os estoques de produção mostrados no painel são pequenos. O estado com o maior estoque é o Amazonas: 1,17 milhão de m3.
Quando considerado o envase do oxigênio em cilindros, São Paulo novamente é o primeiro do ranking, com 1,18 milhão de m3. Em seguida vêm Ceará (1 milhão de m3) e Minas Gerais (875 mil de m3). Assim como na fabricação, nos cilindros, o Amazonas detém o maior estoque, com 1,17 milhões de m3.
Em comunicado oficial, a Anvisa explica que os dados sobre estoque devem ser observados de acordo com a capacidade de cada estado. “Eventuais dados de estoque zerados podem ocorrer devido à ausência de fornecimento de informações por parte das empresas ou por inexistência de empresas no estado. Assim, estados como o Acre, onde não existem empresas produtoras, não constarão no painel”, explica o informe.
Plano nacional
O Ministério da Saúde anunciou hoje (23) o Plano Oxigênio Brasil, com o intuito de dar auxílio a estados e municípios no abastecimento deste insumo. Segundo a pasta, os estados com mais dificuldade são Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia.
De acordo com a pasta, já começaram a ser transportados cilindros e estruturas relacionadas à oferta de oxigênio de Manaus para outras localidades. Serão deslocados 120 concentradores para o Rio Grande do Norte e 200 para o Paraná. Também serão enviadas duas usinas de oxigênio para Santa Catarina, uma para o Acre e outra para Rondônia.
Ainda conforme o Ministério da Saúde, foi feita requisição de envio a partir de São Paulo de 400 cilindros para Rondônia, 240 para o Acre, 160 para o Rio Grande do Norte, 100 para o Ceará e 100 para a Região Sul.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 4,9 mil casos e 168 mortes em 24 horas
Adriana Marinelli
Goiânia – Goiás registrou 4.963 novos casos da covid-19 e 168 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta terça-feira (23/3). Com as atualizações, o Estado chega a 459.039 casos e 10.582 óbitos confirmados.
De acordo com a SES-GO, Goiás soma 436.567 pessoas recuperadas da covid-19. No Estado, há 390.933 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 241.441 casos.
Além dos 10.582 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,31%, há 310 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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Cade aprova venda do Hospital Órion para Albert Einstein
João Unes
Goiânia – A compra do Hospital Órion pelo Hospital Albert Einstein foi aprovada nesta terça-feira (23/3) pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia vinculada ao Ministério da Justiça. A aprovação pelo Cade dos valores milionários nos termos do negócio confirma a chegada a Goiânia de um dos melhores hospitais do País.
A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, mantenedora do hospital, pagou R$ 175 milhões à Portugal Investimentos pelos ativos do hospital. O valor vinha sendo mantido em sigilo e foi revelado pelo jornal A Redação no dia 12 de março deste ano.
Com a operação, o Albert Einstein passa a controlar sua primeira unidade de saúde fora de São Paulo, com cerca de 170 leitos — sendo 40 UTIs — e 9 salas de cirurgia, dias delas hemodinâmicas. O hospital tem 520 funcionários.
Inaugurado em 2019, o hospital Órion pertencia à Portugal Empreendimentos, que construiu a unidade dentro do complexo empresarial e de saúde que leva o mesmo nome, e vinha sendo gerido pelo hospital Albert Einstein. Com a operação, o hospital paulistano referência em saúde, passa a controlar um dos mais avançados hospitais do Centro-Oeste, com certificação de excelência AAA.
O Einstein também fechou o aluguel do Órion por 15 anos e assumiu os contratos na área de saúde que foram feitos pela Portugal Investimentos, formada pela Joule Engenharia, Tropical Imóveis, GVC participações e FR Engenharia.
Os dois grupos têm planos de repetir a parceria em outras praças.
“Estamos orgulhosos de entregar para Goiânia um hospital de excelência com certificação AAA, como havíamos planejado e prometido no início do empreendimento”, definiu José Manoel França, proprietário da Joule Engenharia.
A operação foi comunicada aos funcionários do hospital por meio de uma palestra do CEO do Albert Einstein, Henrique Neves.
O Hospital Albert Einstein é considerado o 36º melhor do mundo em ranking da revista Newsweek.
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Em pronunciamento, Bolsonaro promete 500 milhões de doses até o final do ano
O presidente da República, Jair Bolsonaro, prometeu, em um pronunciamento em rede nacional às 20h30 desta terça-feira (23/3), 500 milhões de doses de vacina contra a covid-19 até o final do ano.
Em quatro minutos, ele falou exclusivamente da vacinação no Brasil e refutou declarações polêmicas do passado. Durante toda a sua fala, houve panelaço.
“Em nenhum momento o governo deixou de tomar medidas importantes” no combate à pandemia, declarou, e pela primeira vez se solidarizou com as famílias das vítimas: “que Deus conforte seus corações”.
Bolsonaro também disse que o governo está agindo “desde o começo da pandemia” e que “vamos fazer de 2021 o ano da vacinação”.
Por fim, ele prometeu a autossuficiência na produção de vacinas ainda este ano, assim como 100 milhões de doses da vacina Pfizer até setembro e 38 milhões da Janssen até o final de dezembro.
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Goiânia começa a vacinar contra covid-19 pessoas a partir de 68 anos
Goiânia – O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, anunciou a vacinação contra o novo coronavírus de pessoas a partir de 68 anos na capital. Segundo o gestor, a ação será iniciada nesta quarta-feira (24/3). Cruz realizou coletiva de imprensa nesta terça-feira (23) para falar sobre o aplicativo para agendamento de vacinação na capital.
De acordo com o prefeito, há mais de 11 mil cadastros e 6 mil agendamentos de vacinação no app, em apenas um dia de funcionamento. “Temos a oportunidade para fazer melhor para a população pelo nosso aplicativo. Desde janeiro, tivemos muito esforço para fazer.”
Rogério Cruz agradeceu esforços de vereadores, pela liberação de R$ 5 milhões para compra de doses, e também do seu secretariado. “Temos quatro cartas de intenção assinadas para adquirir vacinas. Agora, trabalhamos com o Supremo Tribunal Federal (STF) para ter a garantia de que essas doses serão nossas, porque o dinheiro é do povo goianiense”, argumentou.
Rogério Cruz ainda fez apelo para que a população respeite os decretos. “Não queremos que nossa economia vá por água abaixo. Mas quando dizemos para a pessoa ficar em casa, ela estará evitando a disseminação do vírus”, disse. “Algo que muito nos preocupa é, por exemplo, quando foi feito o teste na Região da 44, e quase 400 pessoas, entre dois mil testes, estavam contaminadas com a covid-19. Imagine para quantas pessoas eles não disseminaram o vírus?”
O prefeito ainda comentou sobre a realização de obras na capital. O gestor pontuou que as obras em andamento são do mandato anterior e precisam seguir, pois ele deverá prestar contas à União sobre tais serviços e recursos. Segundo Rogério Cruz, a verba disponível no tesouro municipal será redirecionada ao combate à pandemia enquanto a covid-19 estiver por aqui. “Nosso compromisso é cuidar da saúde”, frisou.
Além de reforçar o pedido para que a população fique em casa e evite a disseminação da covid-19, o prefeito afirmou que há leitos contratados pelo próprio município paralisados devido à ausência de profissionais de saúde capacitados para cuidar dos pacientes. “Graças a Deus, recebi uma notícia excelente de que ontem para hoje não tivemos nenhum paciente aguardando leito de UTI em Goiânia”, contou.
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AGÊNCIA ESTADO
81 entidades médicas e científicas defendem banimento do uso de medicamentos do ‘kit covid’
Como Estadão revelou, uso dos remédios do falso ‘tratamento precoce’ levou cinco pacientes à fila do transplante de fígado e está sendo apontado como causa de ao menos três mortes por hepatite medicamentosa
Oitenta e uma entidades médicas e científicas brasileiras divulgaram nesta terça-feira, 23, documento no qual alertam sobre a gravidade da situação da pandemia de covid-19 no País e defendem, entre outras medidas, o banimento da prescrição e uso dos medicamentos do chamado ‘kit covid’, que inclui drogas sem eficácia contra a doença, como hidroxicloroquina e ivermectina, mas que segue sendo indicado por alguns médicos e defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Nesta terça, o Estadão revelou que a utilização das drogas já levou cinco pacientes à fila do transplante de fígado em São Paulo e está sendo apontado como causa de ao menos três mortes por hepatite causada por remédios.
Em boletim do Comitê Extraordinário de Monitoramento da Covid-19, grupo liderado pela Associação Médica Brasileira (AMB) e que reúne diversas sociedades científicas e associações médicas de todo o País, as entidades alertam para a falta de estrutura, insumos e profissionais neste momento da pandemia e ressaltam que as fake news ‘desorientam os pacientes’. Reafirmam ainda que não existe tratamento precoce comprovado contra a doença.
‘Reafirmamos que, infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da covid-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida’, diz texto do boletim, assinado por 54 sociedades científicas das mais diferentes especialidades e as 27 associações médicas estaduais.
O documento ressalta ainda o risco do uso indevido dos corticoides e anticoagulantes na fase inicial da doença. Os dois tipos de medicamentos podem ajudar no tratamento da fase mais grave da covid, em pacientes hospitalizados. Quando usados no início dos sintomas, ele pode levar ao agravamento do quadro.
‘Aos médicos, reafirmamos que o uso de corticoides e anticoagulantes devem ser reservados exclusivamente para pacientes hospitalizados e que precisem de oxigênio suplementar, não devendo ser prescritos na covid leve, conforme diversas diretrizes científicas nacionais e internacionais’, orienta as entidades aos profissionais.
O presidente da AMB, César Eduardo Fernandes, reafirma que os melhores estudos sobre o tema, ‘feitos com metodologia adequada’, não mostraram eficácia do uso dessas drogas na redução da mortalidade pela doença.
‘Elas não têm eficácia e, em casos raros, podem levar a efeitos colaterais graves. Esse risco só deveria ser aceito se eles fossem extremamente eficazes, o que não é o caso’, disse ele ao Estadão.
O especialista ressalta que os médicos não podem se valer de sua autonomia para indicar medicamentos que não funcionam.
‘A autonomia do médico não confere a ele o direito de receitar medicações que não têm comprovação. Muitos fazem isso porque acreditam que a sua experiência sustenta o uso desses fármacos. Pensam que, como tiveram pacientes que usaram esses remédios e melhoraram, isso justifica. Mas a maioria dos pacientes melhoraria mesmo se não tivesse sido tratada. É uma visão muito equivocada’, afirma Fernandes.
A autonomia médica é o principal argumento do Conselho Federal de Medicina para permitir a prescrição desses remédios. O órgão tem sido duramente criticado por não se posicionar e punir médicos que têm insistido em tratamentos comprovadamente ineficazes.
O Código de Ética Médica prevê que é vedado ao médico ‘causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência’. Em casos de efeitos colaterais de medicações ineficazes contra uma doença, o médico pode ser denunciado no conselho regional de medicina do Estado onde atua.
O Estadão também mostrou em reportagem publicada nesta terça relatos de efeitos colaterais como hemorragias causadas pelo uso indevido dessas drogas.
As entidades recomendam que os pacientes não se automediquem, em especial com corticoides, como dexametasona e predinisona. ‘Estes fármacos utilizados fora do período correto, especialmente no início dos sintomas, podem piorar a evolução da doença’, diz a nota.
A orientação das entidades é procurar atendimento médico em um posto de saúde ou por telemedicina no caso de sintomas leves, como dor de garganta, tosse, dor no corpo, náuseas, perda de apetite, perda do olfato ou paladar. Se houver falta de ar, a orientação é buscar uma UPA ou pronto-socorro.
No boletim, as instituições defendem ainda a vacinação rápida, o isolamento social, o uso correto de máscaras e a higiene das mãos. Solicitam ainda ‘esforços políticos e diplomáticos’ para a compra de medicamentos usados na intubação, já escassos em vários hospitais.
‘São urgentes esforços políticos, diplomáticos e a utilização de normativas/leis de excepcionalidade, para solucionar a falta de medicamentos ao atendimento emergencial de pacientes hospitalares acometidos pela COVID-19, em especial de bloqueadores neuromusculares, opioides e hipnóticos – indispensáveis ao processo de intubação de doentes em fase crítica. Por compromisso ético e zelando pela transparência, informamos que, na ausência destes fármacos, não é possível oferecer atendimento adequado para salvar vidas’, dizem.
Veja abaixo as entidades signatárias do documento:
SOCIEDADES DE ESPECIALIDADES
Academia Brasileira de Neurologia
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica
Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular
Associação Brasileira de Medicina de Emergência
Associação Brasileira de Medicina de Tráfego
Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação
Associação Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas
Associação Brasileira de Medicina Preventiva e Administração em Saúde
Associação Brasileira de Nutrologia
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial
Associação Brasileira de Psiquiatria
Associação de Medicina Intensiva Brasileira
Associação Médica Homeopática Brasileira
Associação Nacional de Medicina do Trabalho
Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva
Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Colégio Brasileiro de Radiologia
Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura
Conselho Brasileiro de Oftalmologia
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
Federação Brasileira de Gastroenterologia
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão
Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica
Sociedade Brasileira de Clínica Médica
Sociedade Brasileira de Coloproctologia
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva
Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Sociedade Brasileira de Infectologia
Sociedade Brasileira de Mastologia
Sociedade Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear
Sociedade Brasileira de Nefrologia
Sociedade Brasileira de Neurocirurgia
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
Sociedade Brasileira de Patologia
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial
Sociedade Brasileira de Pediatria
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
Sociedade Brasileira de Radioterapia
Sociedade Brasileira de Reumatologia
Sociedade Brasileira de Urologia
ASSOCIAÇÕES MÉDICAS ESTADUAIS FEDERADAS À AMB
Associação Médica do Acre
Sociedade de Medicina de Alagoas
Associação Médica do Amazonas
Associação Médica do Amapá
Associação Bahiana de Medicina
Associação Médica Cearense
Associação Médica de Brasília
Associação Médica do Espírito Santo
Associação Médica de Goiás
Associação Médica do Maranhão
Associação Médica de Minas Gerais
Associação Médica do Mato Grosso do Sul
Associação Médica do Mato Grosso
Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará
Associação Médica de Pernambuco
Associação Piauiense de Medicina
Associação Médica da Paraíba
Associação Médica do Paraná
Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro
Associação Médica do Rio Grande do Norte
Associação Médica de Rondônia
Associação Médica de Roraima
Associação Médica do Rio Grande do Sul
Associação Catarinense de Medicina
Sociedade Médica de Sergipe
Associação Paulista de Medicina
Associação Médica de Tocantins
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JORNAL OPÇÃO
Infectologistas alertam para gravidade da Covid-19 em pacientes com tuberculose
Por Luiza Lopes
Cristiane Kobal alerta para o diagnóstico precoce da tuberculose, evitando que o pulmão seja sequelado e favoreça o agravamento da Covid-19
A infectologista, Cristiane Kobal, explica que a Covid-19, associada ao coronavírus SARS-CoV-2, e a tuberculose pulmonar, doença bacteriana, ambas têm um preferência pelas vias respiratórias, particularmente pelo pulmão. Pacientes com reserva pulmonar menor devido a tuberculose podem ter o quadro clínico agravado se ocorrer, sobretudo, infecção simultânea (coinfecção) da Covid-19.
“Se pulmão doente e comprometido pela tuberculose adquiri a Covid, uma virose sistêmica, cujo o órgão mais comprometido é o pulmão, esse paciente terá ao mesmo tempo duas doenças pulmonares o que pode agravar a situação clínica”, pontuou.
Os indicadores epidemiológicos dos novos casos de tuberculose por estado, divulgado pelo Ministério da Saúde no ano passado, apontam que em Goiás foram 949 casos novos da doença. A tuberculose pulmonar chegou a 835 no geral e na classificação por faixa etária de 0 a 10 anos foram 9 casos, de 11 a 64 anos 719 e de 65 ou mais foram registrados 107 casos.
Segundo o infectologista Marcelo Daher, o paciente com tuberculose normalmente tem uma sequela pulmonar e mesmo sendo tratado pode favorecer uma doença mais grave. “O paciente que tem Covid e tem um sequela pulmonar da tuberculose pode ter um comprometimento maior e ter uma forma mais grave da doença pelo fato das sequelas do pulmão”, frisou.
Nesse sentido, Cristiane Kobal alerta para o diagnóstico precoce da tuberculose, evitando que o pulmão seja sequelado. “É preciso tratar essas pessoas mais cedo para evitar que a doença agrida os pulmões, principalmente nesse momento que ainda estamos vivendo a pandemia do coronavírus. Por isso, os cuidados em relação a prevenção da tuberculose precisam ser redobrados”, destacou.
A tuberculose, além de ser altamente contagiosa, também tem uma taxa de mortalidade considerada alta, caso o paciente não seja diagnosticado e tratado a tempo. Um estudo envolvendo mecanismos imunológicos tem mostrado as diferenças e semelhanças entre a Covid-19 e a tuberculose, com isso pode haver uma piora no caso de coinfecção o que favorece a tuberculose.
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Ministério da Saúde reduz previsão de doses contra Covid-19 para abril
Por Fernanda Santos
Governo deverá distribuir 10 milhões de doses a menos que o previsto no próximo mês
De acordo com o novo cronograma divulgado pelo Ministério da Saúde, as doses previstas para o mês de abril foram reduzidas em 10 milhões.
O então ministro Eduardo Pazuello havia anunciado que seriam 57,1 milhão de doses entregues no próximo mês. De acordo com nova publicação do MS, agora serão 47,2 milhões de vacinas.
Em resposta, a pasta informou que o cronograma está sujeito a alterações conforme “fluxo de produção das vacinas pelos fabricantes”.
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O HOJE
Insumos para pacientes intubados podem faltar
Com 98,11% das UTIs ocupadas para o tratamento da Covid-19, somente nos hospitais sob gestão estadual, medicamentos e insumos para manter pacientes em tratamento da doença intubados já faltam no Estado, seja nas unidades de saúde estaduais, bem como na rede privada e no interior.
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) alertou para o risco iminente de falta de medicamentos essenciais e indispensáveis para o tratamento de pacientes com Covid-19, principalmente aqueles internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e que dependem de sedação e intubação.
De acordo com a Associação, há algumas semanas, os hospitais já convivem com a escassez de produtos, como anestésicos, relaxantes musculares e anticoagulantes, mas vinham conseguindo suprir a falta em algumas unidades por meio do empréstimo de doses entre elas ou a substituição dos medicamentos. Na última semana, a situação agravou-se e o cenário tende a piorar diante da impossibilidade das indústrias farmacêuticas de atenderem os novos pedidos de compras dos hospitais.
Também neste mês, o médico e presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, já havia chamado a atenção para a falta de insumos. “Estamos falando de coisas que sempre tivemos acesso em abundância, luvas, seringas, oxigênio, relaxante
muscular, antitérmico, nunca houve uma preocupação porque é algo que você sempre teve acesso e agora há uma dificuldade, e quando você acha, a preços absurdos,fora do normal”, afirmou.
À ocasião, a Secretaria Estadual de Saúde negou que houvesse registros de falta de medicamentos para intubação e insumos nos hospitais públicos e conveniados e conveniados ao Sistema Único de Saúde sob gestão estadual. Sobre a situação atual, a SES-GO informou que em Goiás os estoques
de insumos e medicamentos usados na intubação de pacientes estão regulares em unidades hospitalares estaduais.
No entanto, o risco de desabastecimento depende da possibilidade de aumento exponencial da demanda desses insumos e medicamentos nessas unidades.
Lista de espera
O Ministério Público de Goiás (MP-GO), em reunião realizada com as Secretarias Estadual de Saúde (SES-GO) e Municipal de Saúde (SMS)
de Goiânia, definiu os termos para que seja viabilizada a divulgação da lista de espera dos leitos Covid do Sistema Único de Saúde (SUS) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria, com detalhamento por município. No início desta semana, 330 pacientes estavam na lista de espera por leitos de
UTI em Goiás. Outros 284 aguardavam por uma vaga na enfermaria.
A partir dehoje (24), as áreas de Tecnologia da Informação da SES e da SMS de Goiânia apresentarão ao MP o sistema informatizado de forma detalhada. Com isso, o conteúdo, que também será hospedado no site do MP, deverá apresentar, de maneira clara e informativa, os dados referentes ao número
de solicitações que chegam ao Complexo Regulador Estadual por leitos em UTI e de enfermaria no Estado de Goiás e no Município de Goiânia.
Segundo dados da SES-GO,
Goiás já soma 452.120 casos confirmados de Covid-19, sendo 10,339 óbitos. A taxa de letalidade da doença segue crescendo, e chegou a 2,29%.
(Maiara Dal Bosco, especial para O Hoje)
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação