Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

Grupo de Estudos do Sindhoesg discute higienização das mãos

Com exemplos práticos, especialista em enfermagem do trabalho Luciene Potenciano mostrou importância de revisar instruções de lavagem das mãos com todos funcionários de um hospital

 

Enfermeiros, técnicos em enfermagem e profissionais responsáveis pela limpeza de hospitais participaram de palestra sobre higienização das mãos na sede do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg), em Goiânia. Em uma aula dinâmica ministrada na manhã de 19 de outubro, eles aprenderam com enfermeira, especialista em Enfermagem do Trabalho e Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Luciene Paiva da Silva Potenciano, sobre as técnicas de lavagem, uso de luvas e álcool em gel, dentre outros procedimentos.

“Na correria do dia a dia, as pessoas, normalmente, não revisam as instruções corretas de higienização das mãos. Isso aumenta muito as chances de infecções cruzadas, ou seja, do risco de transmitir doenças para os pacientes ou de os profissionais serem infectados”, explica Luciene, também coordenadora do Grupo de Estudos NR-32 do Sindhoesg, responsável pelo evento.

Outra crítica feita por Luciene é a falta de acompanhamento dos supervisores nesse assunto. “Quando faço visitas em hospitais, vejo que os chefes de enfermagem apenas delegam as tarefas, mas não checam se a higienização é feita de forma correta pelos funcionários, principalmente pelos novatos”, relata.

Esse foi um dos motivos que levaram Fernanda Silva (foto) à palestra. Profissional da área de enfermagem no Hospital Amparo, ela é a responsável pela CCIH e deseja ampliar seus conhecimentos para transmiti-los aos outros profissionais. “Eu percebo que, como também sou da mesma área dos meus colegas, eles se sentem mais à vontade para tirar dúvidas comigo do que com os superiores”, diz.

A enfermeira Miriam Marques (foto) também pretende ampliar os cuidados com a segurança dos pacientes no Hospital Oftalmo Center, onde trabalha. “Nessas palestras, nós podemos perceber o que fazemos de errado, mudar ou melhorar as nossas técnicas para evitar danos aos pacientes e problemas com a Vigilância Sanitária”, comenta.

Luciene ressaltou ainda como os cuidados devem ser responsabilidade de todos no hospital ou clínica. É o caso do auxiliar de limpeza Luciano Ribeiro, do Centro Brasileiro de Cirurgia dos Olhos e presente na aula. Apesar de não trabalhar diretamente com o lixo hospitalar do local, ele conhece a importância de  todos os trabalhadores seguirem as normas de higiene.

“Temos que lembrar que os pacientes e suas famílias estão cada vez mais atentos aos problemas dos hospitais e, quando há uma infecção, não é só a CCIH que responde, mas também a diretoria, os gerentes e supervisores”, alerta Luciene.